Fui agredido, o que fazer? Posso processar por agressão?

Se você foi vítima de uma agressão, é crucial saber como agir para proteger seus direitos e buscar justiça! Foi agredido e não sabe o que fazer? Ou se pode processar? Entenda aqui!

agressão

Você foi agredido(a)? Saiba o que fazer, garantindo seus direitos.

Se você foi vítima de agressão física, seja no ambiente de trabalho, em casa ou em qualquer outro contexto, saiba que você tem direitos garantidos por lei e pode buscar reparação.

Nessa situação, entendemos que a pessoa fica com dúvidas sobre como proceder. O que fazer após uma agressão? Posso processar o agressor?

Este texto vai guiá-lo passo a passo sobre o que fazer, incluindo as possibilidades de processar o agressor tanto na esfera criminal quanto na civil.

Além disso, responderemos às perguntas mais comuns sobre o tema! Entenda como proceder para garantir sua segurança, reunir provas essenciais e, se necessário, abrir um processo contra o agressor, seja ele um desconhecido, um colega de trabalho ou até mesmo um cliente.

Sabemos que questões jurídicas podem gerar dúvidas, e entender seus direitos é essencial para tomar decisões informadas. Em caso de dúvidas sobre o assunto, entre em contato: https://forms.gle/GmG5qjiVa2tpoe

Como proceder em caso de agressão?

Quando você é vítima de agressão, é natural que a primeira reação seja o choque e a confusão! Mas, apesar do impacto emocional, é essencial agir rapidamente para garantir seus direitos e sua segurança.

Então o que fazer? Vamos mencionar alguns passos principais! 

o que fazer em casos de agressão

Busque Segurança e Ajuda Imediata

Após uma agressão, a sua segurança é a prioridade. Afaste-se do agressor e procure um local seguro. Se necessário, peça ajuda a pessoas próximas ou a alguém de confiança. Se houver risco de continuidade da violência, não hesite em ligar para a polícia imediatamente.

Assim que estiver em segurança, procure atendimento médico, mesmo que as lesões pareçam leves. Isso não apenas garante o cuidado necessário, mas também cria registros médicos que podem ser fundamentais para um processo legal.

Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.)

Com sua segurança assegurada, dirija-se a uma delegacia de polícia para registrar um Boletim de Ocorrência ou faça isso online.

Este documento é a formalização da sua queixa e dará início à investigação do caso pela autoridade competente. Ao registrar o B.O., forneça o máximo de detalhes possível sobre a agressão, incluindo o local, horário, características do agressor e testemunhas.

Documente as Provas

A coleta de provas é crucial para fortalecer sua posição em qualquer processo judicial.

Se possível, fotografe as lesões, guarde roupas rasgadas ou sujas de sangue, e salve mensagens ou registros de ameaças feitas pelo agressor. Testemunhas também são importantes! Peça para que elas estejam disponíveis para depoimentos, caso necessário.

Busque Assistência Jurídica

Procurar um advogado especializado em casos de agressão é um passo importante para entender todas as suas opções legais.

O advogado poderá orientá-lo sobre os próximos passos, que podem incluir a abertura de um processo criminal contra o agressor, a solicitação de medidas protetivas (especialmente em casos de violência doméstica) ou a busca por indenização por danos morais e materiais.

Considere a Possibilidade de Ação Civil

Além do processo criminal, você pode mover uma ação civil para buscar reparação financeira pelos danos sofridos.

Isso inclui indenizações por danos morais (pelo sofrimento e humilhação) e danos materiais (como despesas médicas ou perda de renda). 

A ação civil pode ser movida paralelamente ao processo criminal, e um advogado especializado pode ajudá-lo a entender as melhores estratégias para o seu caso.

Acompanhe o Processo e Cuide de Sua Saúde Mental

Processos legais podem ser longos e desgastantes.

Durante esse período, é fundamental que você continue acompanhando o caso, mantendo contato regular com seu advogado para estar informado sobre o andamento do processo.

Além disso, não negligencie sua saúde mental. A agressão pode deixar marcas emocionais profundas, e buscar apoio psicológico é essencial para superar o trauma.

Qualquer pessoa que passa por uma situação de agressão tem o direito de buscar justiça. É essencial agir com rapidez e seguir todos os passos necessários para garantir que o agressor seja responsabilizado e que a vítima receba a devida compensação.

Lembre-se: você não está sozinho. Busque apoio, lute pelos seus direitos e, acima de tudo, cuide da sua saúde e bem-estar. 

Um advogado experiente pode fazer toda a diferença nesse processo, garantindo que você esteja bem amparado legalmente.

Tem como processar alguém por agressão física?

Sim, é possível processar alguém por agressão física, e há diferentes formas de buscar justiça. A agressão física é considerada crime, conforme o artigo 129 do Código Penal Brasileiro:

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

Pena – detenção, de três meses a um ano.

Dependendo da gravidade da lesão, o agressor pode responder criminalmente, com penas que variam de três meses a oito anos de prisão. Ou seja, são agravantes de pena:

Além do processo criminal, você também pode mover uma ação civil para buscar indenização por danos morais e materiais. O primeiro passo é registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia. Esse documento formaliza a queixa e inicia a investigação policial.

Após registrar o B.O., é essencial reunir provas que comprovem a agressão, como laudos médicos, fotos das lesões, depoimentos de testemunhas e qualquer outra evidência que possa reforçar o caso.

Essas provas serão fundamentais tanto para o processo criminal quanto para a ação civil.

Na esfera civil, a indenização por danos morais visa compensar o sofrimento e o abalo psicológico causado pela agressão. Já os danos materiais podem cobrir despesas médicas, tratamentos ou outros prejuízos financeiros que a vítima tenha tido em decorrência da agressão.

Para processar o agressor, é recomendável procurar um advogado especializado, que poderá orientar sobre os procedimentos corretos e representar seus interesses no tribunal.

O advogado também pode auxiliar na solicitação de medidas protetivas, especialmente em casos de violência doméstica, em que a vítima precisa de proteção imediata contra o agressor.

Vale lembrar que, além do direito de processar, a vítima tem o direito de buscar apoio psicológico e outros recursos que ajudem na recuperação após o trauma. 

O sistema jurídico brasileiro oferece mecanismos robustos para punir os agressores e proteger as vítimas, mas é essencial agir rapidamente e com orientação adequada para garantir que todos os direitos sejam respeitados.

Portanto, se você foi vítima de agressão física, saiba que é possível processar o agressor, tanto criminal quanto civilmente, e buscar a justiça que você merece.

Não hesite em procurar ajuda jurídica para entender melhor seus direitos e tomar as medidas necessárias para proteger sua integridade e buscar a reparação pelos danos sofridos.

Qual é a multa por agressão?

A multa por agressão varia de acordo com a gravidade do caso e o tipo de processo movido contra o agressor!

Na esfera criminal, a agressão é tratada como lesão corporal, conforme o artigo 129 do Código Penal, e a punição pode incluir detenção e, em alguns casos, multa.

A multa é geralmente fixada pelo juiz, levando em consideração a condição financeira do agressor e o impacto da agressão na vítima.

Já na esfera civil, a multa pode se traduzir em uma indenização por danos morais e materiais. Essa indenização busca compensar o sofrimento psicológico e os prejuízos financeiros da vítima.

O valor da indenização varia conforme a gravidade da agressão, as consequências para a vítima e as circunstâncias do caso.

Por exemplo, em casos de lesão corporal leve, a pena pode incluir multa e detenção de três meses a um ano. Em lesões corporais graves ou gravíssimas, a punição é mais severa, podendo incluir uma multa mais alta e uma pena maior de prisão.

Além disso, em casos de violência doméstica, a Lei Maria da Penha pode impor medidas protetivas e penas adicionais, incluindo multas e outras sanções ao agressor.

Se a agressão ocorrer no ambiente de trabalho, a multa ou indenização pode ser ainda mais significativa, especialmente se a agressão afetar a vida profissional da vítima.

Portanto, a multa por agressão não tem um valor fixo! Depende das circunstâncias, da gravidade do crime, e das decisões judiciais em cada caso.

Fui agredido no trabalho, o que devo fazer?

Se você foi agredido no trabalho, é fundamental agir de forma imediata e cuidadosa para proteger seus direitos!

Caso a agressão cause lesões, procure atendimento médico imediatamente. Além de cuidar da sua saúde, o laudo médico servirá como prova da agressão. 

Se possível, fotografe as lesões e registre os detalhes do incidente, como o horário, local e os envolvidos. Testemunhas presentes no momento da agressão também são essenciais. Peça que elas fiquem disponíveis para depor, caso necessário.

Comunicar o ocorrido ao seu superior imediato ou ao departamento de Recursos Humanos é crucial. A empresa tem a responsabilidade de investigar o incidente e tomar medidas para garantir sua segurança e a de outros funcionários.

Se o agressor for um colega de trabalho, a empresa pode aplicar sanções disciplinares, como advertências, suspensão ou até mesmo demissão.

Exemplo de Agressão por Colega de Trabalho

Imagine que João, um operador de máquinas, foi empurrado por um colega durante uma discussão no local de trabalho. O empurrão resultou em uma queda e lesões leves.

João imediatamente notificou seu supervisor e foi ao hospital para tratar as lesões. Ele apresentou o laudo médico à empresa e buscou testemunhas que confirmassem o ocorrido.

A empresa iniciou um processo de investigação interna e, após comprovação da agressão, o colega foi demitido por justa causa.

Exemplo de Agressão por Cliente

Vamos supor que Maria, uma atendente de loja, foi agredida por um cliente insatisfeito que a empurrou e a insultou verbalmente.

Maria imediatamente se afastou do cliente e chamou o gerente da loja, que pediu que o cliente deixasse o estabelecimento. Após o incidente, Maria foi ao hospital, onde documentou as lesões e registrou um Boletim de Ocorrência.

A empresa, por sua vez, ofereceu suporte a Maria e tomou medidas legais contra o cliente.

Atenção ao boletim de ocorrência!

Independente de as medidas internas terem sido tomadas pela empresa, é fundamental registrar um Boletim de Ocorrência na delegacia. Esse registro formaliza a queixa e inicia uma investigação policial.

Caso a agressão tenha ocorrido dentro da empresa, o B.O. também serve como prova em uma eventual ação judicial contra o agressor ou a empresa, se esta não tomar as devidas providências.

Dependendo da gravidade da agressão, você pode ter direito a uma indenização por danos morais e materiais.

Para isso, é recomendável procurar um advogado especializado que possa orientá-lo sobre a viabilidade de uma ação judicial. Se a empresa não tomar as medidas necessárias para garantir sua segurança, ela também pode ser responsabilizada por omissão.

Ser agredido no trabalho é uma situação extremamente grave e estressante. 

Entretanto, é importante agir de forma rápida e organizada, documentando tudo e buscando os recursos disponíveis para proteger seus direitos.

É crime agredir alguém?

Sim, agredir alguém é crime! No Brasil, a agressão física é tipificada como lesão corporal no Código Penal, especificamente no artigo 129.

A pena para esse crime varia conforme a gravidade da lesão causada, podendo ir de três meses a um ano de detenção para lesões leves, até oito anos para lesões gravíssimas que resultem em perigo de vida, deformidade permanente ou perda de função de um órgão.

Tipos de Lesão Corporal

E quanto à agressão no contexto de violência doméstica?

Em casos de violência doméstica, a situação é ainda mais grave.

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) oferece uma proteção especial para vítimas de violência dentro de casa ou em relações íntimas de afeto.

Agredir alguém no contexto doméstico ou familiar pode resultar em prisão e medidas protetivas para afastar o agressor da vítima, além de outras sanções.

Quais as penalidades de agredir alguém?

Além da pena de detenção, o agressor pode ser obrigado a pagar uma indenização por danos morais e materiais à vítima. Isso inclui despesas médicas, psicológicas e qualquer outro prejuízo causado pela agressão.

Em ambientes como o local de trabalho, a empresa pode também ser responsabilizada, caso não tome as medidas necessárias para prevenir ou punir a agressão.

Assim..

Agredir alguém é uma violação grave da lei e pode resultar em severas consequências legais. As penas variam conforme a gravidade do ato, mas em qualquer caso, o agressor pode enfrentar detenção, multas e a obrigação de indenizar a vítima.

Se você for vítima de agressão, é importante buscar ajuda legal para garantir que seus direitos sejam protegidos e que o agressor seja responsabilizado.

Aspectos Jurídicos: Esfera Civil

Além das consequências criminais, o agressor também pode ser processado na esfera civil.

Neste caso, a vítima pode buscar indenização por danos morais, materiais e, em casos mais graves, por danos estéticos. 

A indenização por danos morais é uma forma de compensação pelos sofrimentos psicológicos e emocionais decorrentes da agressão.

O valor da indenização é determinado pelo juiz, que leva em consideração a gravidade da agressão, as circunstâncias do caso, e os impactos na vida da vítima. 

No ambiente de trabalho, por exemplo, a agressão pode gerar uma indenização maior, especialmente se for cometida por um superior hierárquico ou se houver repercussões profissionais, como demissão ou rebaixamento de cargo.

É crime revidar agressão?

Revidar uma agressão pode ser crime, mas depende das circunstâncias!

Segundo o Código Penal Brasileiro, a legítima defesa permite que você se defenda de uma agressão injusta, atual ou iminente, usando meios necessários e proporcionais.

Se o revide for imediato e apenas para afastar o perigo, pode ser considerado legítima defesa e não será punido. No entanto, se a resposta for desproporcional ou continuar após o fim da ameaça, pode ser classificada como excesso e resultar em responsabilização criminal.

Quando a legítima defesa é válida?

A legítima defesa é válida quando a resposta à agressão é proporcional e necessária para cessar a ameaça. Por exemplo, se alguém o ataca fisicamente e você reage para afastar o agressor, isso pode ser considerado legítima defesa.

No entanto, se você continuar agredindo a pessoa após o perigo ter passado, ou se sua reação for extremamente violenta em comparação à agressão inicial, isso pode ser visto como excesso e, portanto, ser considerado crime.

Quais são exemplos disso?

Suponha que você seja agredido por um colega de trabalho durante uma discussão. Se você revidar apenas para se defender e parar quando a ameaça cessar, provavelmente será visto como legítima defesa.

No entanto, se você continuar a agredir o colega mesmo após ele não representar mais perigo, pode ser responsabilizado criminalmente.

Imagine que um cliente em uma loja o agride fisicamente. Se você reage empurrando o cliente para afastá-lo, essa ação pode ser legítima defesa.

Contudo, se você partir para uma agressão contínua ou excessiva, ultrapassando os limites necessários para se defender, isso poderá ser considerado crime.

Portanto, a chave para que o revide seja considerado legítima defesa é a proporcionalidade da resposta. O Código Penal Brasileiro exige que a defesa seja imediata, moderada e proporcional à ameaça sofrida. 

Caso contrário, a situação pode se reverter contra você, e o ato de revidar poderá ser classificado como crime de lesão corporal ou até pior.

Outras Perguntas Frequentes

  1. Como abrir um processo contra o agressor?

Para processar o agressor, é necessário, primeiro, registrar o Boletim de Ocorrência. Em seguida, procure um advogado especializado em direito penal e civil para orientá-lo na abertura de uma ação judicial.

O processo criminal é iniciado pelo Ministério Público, enquanto a ação civil de indenização deve ser movida pela própria vítima, com o auxílio de um advogado.

  1. Quanto tempo demora um processo por agressão?

O tempo de duração de um processo pode variar bastante. Na esfera criminal, a rapidez do processo depende da complexidade do caso, das provas e das testemunhas.

Já na esfera civil, a duração do processo de indenização também pode variar, mas geralmente leva mais tempo devido à necessidade de comprovação dos danos sofridos.

  1. O que acontece se o agressor não pagar a indenização?

Se o agressor for condenado a pagar uma indenização e não cumprir a decisão judicial, o juiz pode determinar a penhora de bens ou bloqueio de contas bancárias para garantir o pagamento.

O não cumprimento de uma decisão judicial também pode gerar outras penalidades, como multas.

  1. Como a empresa deve agir em caso de agressão no ambiente de trabalho?

Se a agressão ocorrer no ambiente de trabalho, a empresa tem a responsabilidade de agir imediatamente. Deve investigar o ocorrido, tomar medidas disciplinares contra o agressor e oferecer suporte à vítima.

Em casos em que a empresa negligencia essas ações, ela pode ser responsabilizada civilmente pelos danos sofridos pela vítima.

Conclusão

Sofrer uma agressão é uma experiência traumática, mas é importante lembrar que você tem direitos e recursos legais para buscar justiça.

Ações criminais e civis são ferramentas importantes para punir o agressor e compensar os danos sofridos. Se você foi agredido, não hesite em buscar orientação jurídica para entender suas opções e proteger seus direitos.

Um recado importante para você!

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Este artigo foi escrito por especialistas e tem caráter meramente informativo.

Sabemos que o tema “o que fazer em caso de agressão” pode levantar muitas dúvidas e que cada situação é única, demandando uma análise específica de acordo com as circunstâncias de cada caso.

Se você tiver alguma questão ou quiser saber mais sobre o assunto, recomendamos a consulta com um advogado especialista. O suporte jurídico adequado é fundamental para que decisões sejam tomadas de forma consciente e segura.
Artigo elaborado por profissionais do escritório Valença, Lopes e Vasconcelos Advocacia | Direito Civil | Direito de Família | Direito Criminal | Direito Previdenciário | Direito Trabalhista | Direito Bancário
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Autor

  • Dr. João Valença

    •Advogado (43370 OAB) especialista em diversas áreas do Direito e Co-fundador do escritório VLV Advogados, empresa referência há mais de 10 anos no atendimento humanizado e mais de 5 mil cidades atendidas em todo o Brasil.

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